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Economia

Em 10 anos, número de farmácias cresceu 7 vezes em Campo Grande

São 350 farmácias hoje na Capital e tendência é aumentar com expansão de grandes redes

Por Izabela Cavalcanti | 03/05/2024 12:17
Na Avenida Júlio de Castilho, farmácia Drogasil e São Leopoldo estão uma de frente para a outra (Foto: Marcos Maluf)
Na Avenida Júlio de Castilho, farmácia Drogasil e São Leopoldo estão uma de frente para a outra (Foto: Marcos Maluf)

A cada ano, o número de farmácias cresce cada vez mais em Campo Grande. A chegada de grandes redes tem feito com que a expansão ocorra e, com isso, acabam ficando muito próximo uma da outra, precisando só atravessar a rua para entrar no concorrente.

“Tem duas questões, uma são as grandes redes que têm lojas próprias, aproveitam essas brechas e acabam se instalando, isso é verdade. A gente tem também a questão das redes que são estabelecimentos particulares que se juntam para fazer aquisição de medicamentos num valor mais acessível, cada uma tem o seu proprietário, mas utilizam a mesma logomarca, são coisas diferentes”, explicou o assessor técnico do CRF-MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Ronaldo de Jesus.

De acordo com dados do Conselho, atualmente, são 350 farmácias em Campo Grande, 11,8% a mais se comparado com 2022, quando eram 313 unidades. A diferença é de 37 farmácias neste período. Agora, se comparar com 2004, quando eram 49, os estabelecimentos cresceram sete vezes mais na Capital.

Ainda segundo Ronaldo, o que também ajuda no cenário é uma questão mais cultural da população.

“A gente tem um problema cultural da população, na verdade, o nosso sistema de saúde ainda trabalha no sistema de tratamento e bem pouco no sistema de prevenção das doenças. Então, culturalmente, as pessoas buscam a automedicação, às vezes até de forma inconsequente e isso favorece muito a abertura ou estimula a abertura de novos estabelecimentos”, pontuou.

Com isso, acaba estimulando com que as pessoas doentes procurem, primeiro, a farmácia. “Às vezes é mais fácil ir numa farmácia do que procurar o atendimento médico, então, a farmácia acaba sendo a ponta da lança no atendimento da população”, completou.

Arte: Barbara Campiteli
Arte: Barbara Campiteli

Ronaldo alerta também que a Lei 13.021 de 2014 obriga a farmácia a ser um estabelecimento de saúde, e que cabe à população procurar o seu atendimento farmacêutico para orientação e evitar um consumo excessivo de medicamentos de forma a reduzir os riscos de intoxicação ou de efeitos adversos.

Índice - No Brasil são cerca de 90 mil, 63% maior que o ano de 2003, quando eram 55 mil.

O índice médio indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é que tenha uma farmácia para cada 10 mil habitantes.

Ou seja, na Capital, o necessário seria 89 estabelecimentos deste segmento para atender as 897.938 pessoas. Com isso, Campo Grande tem quase quatro vezes mais farmácias que o recomendado.

A Drogasil, por exemplo, é uma das farmácias que está em destaque na Capital. De acordo com o Grupo RD-RaiaDrogasil, a empresa se instalou em Mato Grosso do Sul em 2012 exclusivamente com a bandeira Drogasil, inaugurando sua primeira filial em Campo Grande.

Atualmente, são 56 filiais instaladas pelo Estado, sendo 36 farmácias distribuídas somente na Capital. Há previsão de novas filiais no Estado, conforme nota enviada pela rede de farmácias.

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