ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SÁBADO  18    CAMPO GRANDE 22º

Cidades

Governo decide adiar “Enem dos Concursos”

Decisão dividiu o governo, que decidiu fazer prova em nova data após catástrofe no Rio Grande do Sul

Por Anahi Zurutuza | 03/05/2024 14:29
Ministra da Gestão, Esther Dweck, ao lado de Paulo Pimenta, chefe da Secom, durante coletiva (Foto: CanalGov)
Ministra da Gestão, Esther Dweck, ao lado de Paulo Pimenta, chefe da Secom, durante coletiva (Foto: CanalGov)

O Governo Federal confirmou, às 14h29 desta sexta-feira (3), que adiará o CNU (Concurso Nacional Unificado), que ficou conhecido como “Enem dos Concursos”. Não há nova data para a realização das provas.

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, abriu o pronunciamento sobre o concurso com mais de 2 milhões de inscritos falando no passado (tempo verbal), o que já dava indícios que o adiamento seria confirmado. "A gente sabe que os candidatos estão preparados, estudando, se deslocando para os locais de provas. Então, a gente estava muito focado em garantir a realização da prova no domingo [dia 5 de maio], mas o cenário da região Sul está se agravando a cada hora, sem precedentes" (...) "e a conclusão que a gente teve hoje é que seria impossível realizar as provas no Rio Grande do Sul", disse por volta das 14h20.

O anúncio da decisão do governo veio em seguida:

A gente construiu um acordo para preservar a integridade do concurso e a sua concepção democrática dele e a gente chegou à conclusão que a solução mais segura para todos os candidatos é o adiamento da prova", afirmou Esther Dweck.

A ministra explicou que a medida reforça o compromisso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a democracia. "Não deixar ninguém de fora", referindo-se também à calamidade das chuvas no Rio Grande do Sul, que impede os candidatos daquele estado até de pensar no exame.

Ela falou ainda na segurança jurídica. "Essa é uma decisão que preserva a todos os candidatos". A nova data deve ser divulgada nas próximas semanas.

Paulo Pimenta, chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência), lembrou da previsão meteorológica de mais chuva para a região Sul, o que pode agravar as circunstâncias.

Decisão - Nesta manhã, em entrevista ao programa “Bom dia, Ministro”, do CanalGov, Pimenta já havia comentado das dificuldades do adiamento e que a aplicação das provas em outra data custaria pelo menos R$ 50 milhões aos cofres públicos.

A possibilidade, segundo apurou a jornalista Vera Magalhães, do jornal O Globo, dividiu o governo, entre os que defendiam nova data, por questão de humanidade, diante da devastação enfrentada no Rio Grande do Sul – onde enchentes mataram 37 pessoas, deixaram pelo menos 74 desaparecidas e milhares de desabrigadas, além de haver sérios problemas para locomoção – e os que apontavam os transtornos que a postergação provocaria.

Houve ainda a possibilidade de adiar as provas apenas nos locais atingidos, mas a insegurança jurídica pairou, ainda segundo apurado pelo jornal O Globo, porque, diferentemente do Enem, não existe um banco de provas disponível para o CNU, que será realizado pela primeira vez. Com isso, o risco de se realizar exame com grau de dificuldade diferente da original para os inscritos no Rio Grande do Sul era alta, o que aumentaria o já elevado risco de judicialização.

Mas, também conforme a apuração de Vera Magalhães, o alerta do risco de mais tempestades no Sul acabou por pesar na decisão de marcar uma única nova data para todo o país realizar o concurso e evitar mais imprevistos.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias